sexta-feira, 29 de abril de 2011

Carta aberta ao Movimento Negro em geral e ao Movimento de Mulheres Negra, em particular.

Por Nairobi Aguiar,

Comunico às organizações de Movimento Negro e demais Movimentos Sociais e, em especial, às irmãs que compõem as organizações de movimento de Mulheres Negras, que eu, estudante do quinto semestre de Historia UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado-  fui agredida com um tapa na cara por um estudante que compõe a organização do Simpósio de História “Pesquisa histórica na Bahia” na referida faculdade.
Fui agredida fisicamente (com um tapa na cara!) por um homem branco, estudante, como eu, do 5° semestre do curso de história da UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado. Enfatizo esse dado, por sabermos que o racismo e o machismo se articulam o tempo todo, para impedirem que pessoas como eu (preta “estilo favela!”) possam representar uma pequena minoria do curso de história (brancos, e classe média). Atualmente ocupo a posição de Coordenadora Acadêmica do Centro Acadêmico União dos Búzios, representação legítima dos estudantes do curso de história dessa Instituição.

Inicialmente, estávamos organizando com a coordenação do Curso de História uma atividade acadêmica (o simpósio de história); Entretanto, da noite pro dia fomos retirados da organização com a explicação de que o evento não deveria ter envolvimento do movimento estudantil, por parte um dos palestrantes, e que não iríamos assinar os certificados por quem estava organizando era a instituição.

Quando chegamos, no dia anterior ao fato, encontramos esse grupo de estudantes com a camisa da organização do evento (que até então era da universidade), fizemos algumas intervenções falando sobre a institucionalização da atividade do movimento estudantil e sobre a apropriação intelectual da atividade. (Tudo isso causou incômodo à organização do evento – Coordenação e estudantes envolvidos no processo)

Quando cheguei à atividade, no dia seguinte, fui impedida de assinar a lista de presença, que me legitimaria ganhar o certificado de carga horária do evento. Todas as pessoas assinaram, quando chegou a minha vez a organização da atividade recolheu a lista, e eu perguntei num tom alto no meio da palestra: ‘por que vou assinar a lista lá fora, já que todos assinaram aqui dentro?’ Na mesma hora todo mundo parou e me olhou... Esperei o evento acabar e chamei a coordenadora do curso pra pedir explicação, a mesma não deu atenção, acabei não comunicando sobre o ocorrido. Quando sai do evento me dirigi até o LUCAS PIMENTA (o agressor) e perguntei: ‘posso assinar a lista?’ Ele disse: “você é muito mau educada!”, eu o interrompi e falei, ‘não quero te ouvir, só quero saber se posso assinar, caso contrario vou conversar com a coordenação’. E ele disse: “Você ta tirando muita onda, não é de agora que eu to te aturando!” E me deu UM TAPA NA CARA! Quando eu falei que Eu sou oriunda do Movimento Negro, do Movimento de Mulheres Negras, e que não ia deixar barato que ia acionar a Lei Maria da Penha pra ele, ele se curvou e foi segurado pelos colegas enquanto tentava me dar murros.

Ao dizer “você ta tirando muita onda”  e em seguida me agredir o Sr Lucas Pimenta  revelou um sentimento de insatisfação, não apenas dele, isoladamente, mas de muit@s outr@s diante do fato de eu ser Coordenadora Acadêmica no CA de História da Jorge Amado. O fato de estarmos adentrando o espaço acadêmico, por si só, já fez membros da elite branca sentirem-se ameaçados. Mas, esse tapa na cara ocorre em retaliação a um fato mais insuportável ainda, para Lucas e demais membros da elite racista desse país: sou Negra “favelada”, jovem e o represento, em um espaço que o projeto genocida de Estado brasileiro historicamente  reservou para os branc@s.                 
Por essas razões, conclamo meus irmãos e em especial às minhas irmãs para amanhã, na extensão desta atividade, manifestarmos politicamente a nossa indignação e repulsa, diante desse caso inequívoco de machismo e racismo.

Onde? Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE (Paralela)
Concentração: 18h, praça de alimentação

domingo, 17 de abril de 2011

Comunicado Ônibus CAHCAM [EREH]

FEMEH – FEDERAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE HISTÓRIA
CAHCAM – CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA CARLOS MARIGHELLA
GESTÃO MÚTUA AÇÃO


COMUNICADO


O CAHCAM – Centro Acadêmico de História Carlos Marighella, vem através deste, comunicar aos estudantes os quais irão viajar conosco para o II EREH - Encontro Regional de Estudantes de História do Nordeste, o qual será realizado entre os dias 20 e 24 de abril de 2011, na UFS – Universidade Federal de Sergipe, em São Cristovão/SE, que os dois ônibus saírão no mesmo horário. Ficou decidido na reunião do dia 12/04 de 2011, que os dois ônibus sairiam em horários diferentes, o 1° às 12:00 e o 2° às 14:00 do dia 20/04 e que o horário de retorno iria ser decidido no 3° Pré-EREH no dia 16/04.  No 3° Pré- EREH, cuja pauta foi a FEMEH e o Movimento Estudantil, colocamos em discussão o horário diferenciado de saída dos ônibus o que para a maioria das pessoas não seria interessante. Ficou decidido que os ônibus sairão no mesmo horário. Quanto ao retorno, o debate foi mais aprofundado, analisamos diversos elementos os quais fundamentariam a escolha do horário do nosso retorno, não havendo consenso em nenhum dos horários colocados em discussão. Porém o consenso se deu quando foi colocado no debate, a razão de ser do encontro, o projeto desenvolvido pelo Centro Acadêmico, todo o trabalho de preparação, agitação, propaganda para o EREH, para termos que retornar sem estarmos presentes na Plenária final. Entendemos que este espaço é de grande importância o qual não pode ser deixado de lado.

Abaixo seguem as informações da viagem:

Saída: 20/04/2011 (Quarta feira).
Horário: 14:00.
Local: Na frente do Iguatemi.
Retorno: Após a Plenária Final.

Atenciosamente,

CAHCAM – Centro Acadêmico de História Carlos Marighella
Gestão Mútua Ação

quinta-feira, 14 de abril de 2011

PANELAÇO

Confiram o vídeo abaixo que mostra o PANELAÇO organizado pelos estudantes do MER - Movimento Estudantil do Recôncavo Baiano, em protesto ao sucateamento da UNEB de Santo Antonio de Jesus e das Universidades Estaduais em geral.


domingo, 10 de abril de 2011

Mobilização dos estudantes da UESB

No dia 29 de março de 2011, nós, estudantes de diversos cursos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, fomos às ruas para mostrar nossa indignação com a situação em que se encontra a universidade pública. Fizemos manifestações durante todo o dia, paralisando as atividades acadêmicas da universidade em todos os turnos e marchando pela avenida Olívia Flores, além de realizarmos assembleias para decidir os rumos da nossa organização. A manifestação contou com a participação de mais de 300 estudantes. Os estudantes dos campi de Itapetinga e Jequié também estão mobilizados e paralisaram a universidade nesse mesmo dia. Além da nossa pauta histórica por assistência estudantil e por melhores condições estruturais e administrativas na universidade, reivindicamos contra a atual política educacional do Governo do Estado.
Em 09 de fevereiro deste ano, o Governo da Bahia editou o decreto 12.583/11 e, pouco tempo após, a Portaria 001 que o regulamenta. Cortando verbas para as empresas públicas, o decreto impede a contratação de professores substitutos (impedindo a saída dos professores para qualificação) e a mudança de regime de trabalho de professores para Dedicação Exclusiva (diminuindo a disponibilidade de professores para a pesquisa e extensão). Além disso, corta gastos com água, energia, xerox, cursos, seminários, capacitação e treinamento dos servidores públicos, telefone, assinatura de revistas e jornais, ônibus e demais veículos da universidade. Tais contenções chegam a 30%!!! Essas disposições irão piorar ainda mais as condições já precárias das universidades baianas, além de ferir a autonomia universitária. Isso demonstra qual lugar ocupa a educação no rol de prioridades do governo, e qual o projeto de educação ele implementa – o de total esfacelamento da universidade pública.
Diante disso, nossas reivindicações são:
  • PELA REVOGAÇÃO IMEDIATA DO DECRETO 12.583/11;
  • Contra o aumento do preço da tarifa de ônibus e pela melhoria dos serviços de transporte;
  • Contra os preços abusivos e a comida de má qualidade das lanchonetes e do restaurante universitário;
  • Por melhores condições na residência estudantil e pela reformulação, com participação dos estudantes, do seu edital que, por excesso de burocracia, impede o acesso aos estudantes.
  • Pelo pagamento em dia das bolsas de auxílio, monitoria, pesquisa e extensão;
  • Pela transparência acerca da administração do orçamento da universidade;
  • Pela criação e manutenção de projetos de pesquisa e extensão.
  • Pela construção de salas de aula e laboratórios que atendam à demanda estudantil;
  • Pela regularização do quadro de professores (atualmente faltam 46 professores) e contratação de mais docentes;
  • Pela diminuição do preço abusivo da xerox;
  • Por melhores condições de acessibilidade e de infra-estrutura para os estudantes portadores de necessidades especiais;
  • Pelo aumento imediato do número de livros da biblioteca;
  • Em defesa de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, contra o seu sucateamento e terceirização dos seus serviços!
Movimento Estudantil Unificado da UESB
http://www.mobilizauesb.blogspot.com/

Pré-EREH 16 de Abril




Saudações colegas, este é o último Pré-EREH antes da viagem para Sergipe.
Neste espaço iremos discuti a FEMEH e o Movimento Estudantil de História, além de passar as informações da nossa viagem.

Gostaríamos de pedir para as pessoas que forem participar desta atividade, levarem algum lanche, para fazermos um grande lanche coletivo entre os colegas e amigos que estarão presentes neste espaço.

O CAHCAM - Centro Acadêmico de História Carlos Marighella, agradeçe!

terça-feira, 5 de abril de 2011

BIG BROTHER BRASIL, UM PROGRAMA IMBECIL


Autor: Antonio Barreto, natural de Santa Bárbara-BA,
residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.



Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.



Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.



Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.



Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.



O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.



Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.



Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.



Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.



Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.



Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.



A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.



Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.



Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.



Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.



É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.



Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.



A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.



E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.



E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.



E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.



A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.



Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.



Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?



Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

segunda-feira, 4 de abril de 2011

SOBRE OS ALOJAMENTOS

Pessoal, tentamos negociar com a PROGRAD a liberação dos alojamentos logo para o início da quarta feira (20), mas a posição negativa se manteve. Os alojamentos só estarão disponíveis para nós na noite da quarta feira. Por isso pedimos a compreensão de tod@s em relação a esse problema. Solicitaremos que deixem os objetos guardados nos ônibus enquanto não podemos ir para as salas.

Att, COEREH.

SOBRE INSENÇÕES e INSCRIÇÕES ERRADAS

Galera, após a ultima reunião da COEREH foi debatida a questão das isenções e foram deliberadas as seguintes:

- Coordenador@s de simpósios temáticos e minicursos estarão isentos da inscrição, sem alimentação. Essa atitude visa garantir a participação destas pessoas no encontro, pois os simpósios e minicursos são importantes para os\as encontristas. Se você irá coordenar um simpósio ou minicurso e já fez a sua inscrição não se preocupe, basta guardar o comprovante de deposito e procurar a COEREH (comissão acadêmica ou finanças) durante o encontro para ser reembolsado.  Mas mesmo com a isenção é necessário que todos se inscrevam no encontro, ou seja, mandem a ficha do EREH preenchida para o e-mail ereh2011.inscricao@gmail.com especificando que trata-se de um coordenador\ora de simpósio ou minicurso. Isso é importante para que possamos providenciar as credenciais de todos os participantes.Caso você queira alimentação garantida será cobrada uma taxa de R$ 30,00 para poder bater o rango durante todos os dias do encontro. Para isso envie o comprovante de deposito no valor para o e-mail da inscrição.

- 1 pessoa a cada 20 inscritos por delegação também podem ser isentos. Cada delegação pode se organizar para avaliar se há a necessidade de isenção de algum dos membros dessa delegação. Caso isso aconteça pedimos que mandem a ficha desse membro preenchida para o e-mail ereh2011.inscricao@gmail.com especificando qual a delegação e o nome de todas as pessoas inscritas desta delegação.


Outra questão importante a ser colocada diz respeito as pessoas que fizeram inscrições no valor de R$ 80,00. Essas pessoas não precisam se preocupar. Mandem seus comprovantes de deposito scaneado normalmente no valor de R$ 80,00 juntamente com a ficha de inscrição, no dia do encontro procure alguém da COEREH (Comissão de inscrição ou finanças) e com o seu comprovante no valor de R$ 80,00 em mãos, reembolsaremos os seus R$ 10,00.

Att, COEREH.

Proposta entregue a coordenação do curso

O Centro Acadêmico dos Estudantes de História /UNIJORGE, União dos Búzios, vem através desse documento sugerir e encaminha a coordenação do curso de história, a senhora Fernanda Reis, uma reformulação na grade curricular, assim como cursos de extensão correspondente a algumas disciplinas consideradas de fundamental importância para a qualidade do curso.

Levando em consideração que essa foi uma reivindicação estudantil pautada em reunião, e estabelecido com a Senhora Midian – Coordenadora acadêmica da UNIJORGE e a senhora Fernanda Reis – coordenadora do curso de história, assim como o C.A. Encaminhamos abaixo proposta de disciplinas a serem incluídas na grande, assim como curso de extensão.

Obs. Propostas feitas pelos estudantes do Comércio, estudantes da Paralela e o Centro Acadêmico.

Proposta de disciplinas a serem inclusas na grade curricular:
  • Tópico em antropologia;
  • Movimentos sociais no Brasil;
  • Arquivologia;
  • Tópicos especiais: Autonomia dos estudantes se matricularem em disciplinas de sua área correspondente, independente do curso;
  • História da Arte geral e brasileira;
  • Teorias sociológicas/ filosóficas;
  • Tópicos especiais: Inclusão de disciplinas de outros cursos na sua grade curricular.

Proposta de disciplinas a serem trabalhadas como curso de extensão:
  • Paleografia;
  • Movimentos sociais no Brasil;
  • Metodologia do Trabalho Científico;
  • Linguagens e representações no Ensino de História;
  • Ditaduras na Bahia;
  • História das religiões;
  • História do nordeste;
  • História da cidade de Salvador.

Os alunos do curso de licenciatura em história da UNIJORGE, juntamente com o C.A., entendem que um curso sem as disciplinas citadas acima é extremamente fragilizado. Solicitamos uma avaliação da proposta e aguardamos uma resposta positiva, visto que, atualmente, pagamos o valor mais caro do curso em todo o Norte-Nordeste.
Pedimos também que as disciplinas a serem trabalhas como curso de extensão sejam liberadas para os futuros formandos da turma do 6º semestre 2011.1, mesmo que as disciplinas sejam dadas quando formados (2º semestre, no caso), pois eles também foram prejudicados com as disciplinas mal administradas citadas neste documento.

Atenciosamente,
Estudantes do curso de licenciatura em história/UNIJORGE
CAUB – Centro Acadêmico dos Estudantes de História/UNIJORGE, União dos Búzios.

http://caubblog.blogspot.com/2011/04/proposta-entregue-coordenacao-do-curso.html

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Jornada de Atividades - Campanha Pela Abertura dos Arquivos da Ditadura

Centros Acadêmicos de História da UECE e UFC, em conjunto com outros grupos, realizam jornada de atividades em Fortaleza-CE com o eixo da Campanha Pela Abertura dos Arquivos da Ditadura que a FEMEH está tocando este ano. Segue site das atividades: http://naoesquecerjamais.blogspot.com/




23/03 – Apresentação da peça – “Filha da Anistia” Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Horários:
17 hs – Peça
18 hs – Debate com Lúcia Alencar (Pedagoga. Integrante do Instituto Frei Tito de Alencar)
20 hs - Peça
21 hs – Debate com Francisco Alencar (Antropólogo, professor aposentado, ex-exilado político)

26/03 – Apresentação da peça – “Filha da Anistia” Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Horários:
11 hs – Peça
12 hs – Debate com Messias Pontes (Jornalista, ex-preso político, presidente em exercício da Associação 64 / 68 - Anistia)
20 hs - Peça
21 hs – Debate com Pedro Albuquerque (Sociólogo, advogado, ex-preso e exilado político, professor da Universidade de Fortaleza

28/03 – Grafite no Muro (Av. 13 de Maio) da Reitoria da UFC em Homenagem ao aniversário de Morte de Edson Luís

29/03 – Cine-debate com Exibição do filme “Cabra Cega” Local: Casa Amarela – 18hs
Debate: Ruth Cavalcante

30/03 – Debate sobre Ditadura e Gênero - CAFTA UFC
Local: Auditório - História UFC

31/03 – Lançamento da Campanha Pela Abertura dos Arquivos da Ditadura da FEMEH com cine-debate do filme Zuzu Angel - 15h
Local: Auditório do Mestrado de História da UECE - Campus do Itaperi


E mais: Intervenções Artísticas pela cidade em uma ação contributiva entre Coletivo Curto-Circuito (Sala Clara da Tortura) e Projeto Aparecidos Políticos.

Maiores informações:
(85) 32236464 - Associação Anistia 64/68
(85) 87316014 e (85) 99184519 - Marcelo Ramos, FEMEH - Federação do Movimento Estudantil e História

Manifesto em memória da ditadura civil militar brasileira e pela abertura dos arquivos da ditadura!

Há 47 anos estava sendo instaurado no Brasil um período nebuloso de perseguição, censura e arbitrariedade pelo estado brasileiro. A ditadura civil-militar que perdurou por 20 anos no Brasil torturou, prendeu, mutilou e assassinou milhares de pessoas, deixando marcas de ódio e repressão no país.

Todo este processo foi construído pelo estado brasileiro e legitimado pela maior parte dos empresários e grandes proprietários do país. Após 20 anos de intensa repressão, a população brasileira conquistou a abertura política através de uma anistia promovida pelo próprio governo militar de forma lenta e gradual que, mesmo com a oposição da imensa maioria dos setores populares, ao mesmo tempo que anistiou milhares de brasileiros e brasileiras prejudicados e caçados pelo regime, também colocou panos quentes nos horrorosos crimes cometidos pelos militares no período, atitude incomum inclusive se analisarmos o processo de julgamento dos militares golpistas nos demais países da América Latina.

Há de se destacar que esta anistia foi restrita, ou seja, não foi concedida a todas e todos que estavam sendo perseguidos pelo regime militar, onde hoje podemos encontrar várias pessoas que ainda não receberiam anistia política no Brasil.

Outro grande efeito disto foi que não ocorreu a abertura dos arquivos da ditadura, impedindo assim a investigação e desvendamento da realidade histórica sobre os fatos, beneficiando os torturadores e assassinos do regime. Pelo fato dos arquivos estarem censurados, não conseguimos contar com riqueza de detalhes a história do regime, julgar os culpados e finalmente fazer justiça como os demais países da América Latina estão fazendo.

No final do ano de 2010 a Corte Interamericana de Direitos Humanos julgou e condenou o Brasil pelo massacre na Guerrilha do Araguaia a centenas de brasileiras e brasileiros que lutavam em prol da abertura política no país. Isso obriga ao Brasil, se não quiser ir de encontro as decisões do tribunal maior da América, a investigar e punir os culpados envolvidos com a questão do Araguaia.

Por isso nós, movimentos sociais e anistiados estamos em luta e convidamos a todas e todos, conscientes dos horrores da ditadura a lutar também pela abertura dos arquivos da ditadura no Brasil, pressionando o estado brasileiro a cumprir a sentença do Araguaia e fazer justiça a todos os casos, evitando assim que estes tristes tempos não pairem novamente sobre a história do nosso país.

Pela abertura imediata dos arquivos da ditadura militar no Brasil!
Ditadura nunca mais!
Pelo fim da tortura, pela reforma das instituições policiais.
Contra a criminalização dos movimentos sociais!

Assinam:
Associação Anistia 64/68
Instituto Frei Tito de Alencar
FEMEH – Federação do Movimento Estudantil de História
Centro Acadêmico Caldeirão – História UECE
Centro Acadêmico Frei Tito de Alencar – História UFC